Publicado em: 11/05/2021 15:10:37
Projeto "Comida na mesa" auxilia catadores e coletivos de mulheres da agricultura familiar
A “INCOOP UNIR” – Incubadora de Cooperativas Populares da UNIR” é um Programa de extensão transdisciplinar que tem como objetivo a incubação e a formação de grupos, coletivos populares e empreendimentos solidários. Mesmo durante a pandemia a INCOOP tem desenvolvido ações com dois grupos de catadores (Porto Velho e Presidente Médici) e um coletivo de mulheres de agricultura familiar de Candeias do Jamari.
Recentemente, foi aprovado o projeto “Comida na mesa: saúde e segurança alimentar para famílias de catadores e catadoras de materiais recicláveis da Amazônia Ocidental durante a pandemia de Covid-19” (coordenado pela INCOOP) por meio do edital “Apoio a projetos de Ajuda Humanitária frente à pandemia de Covid-19” da FUNDAÇÃO LUTERANA DE DIACONIA “ que articula a Cooperativa Rondoniense de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e esse coletivo de mulheres. Seu objetivo é promover a saúde por meio da alimentação saudável, sustentável e agroecológica e articular coletivos/cooperativas do campo e da cidade, por meio da ações conjuntas de solidariedade compartilhada.
O Projeto que conta com o apoio da Incubadora da UNIR possibilitará a aquisição de alimentos pela CATANORTE (Cooperativa Rondoniense de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis de Rondônia localizada na Vila Princesa) e, ao mesmo tempo, contribuirá para a geração de renda de coletivos de mulheres do campo atingidas pela pandemia e pelo desmantelamento das políticas de apoio e subsídio à produção familiar. Dessa maneira serão distribuídas duas cestas agroecológicas mensais para 35 famílias de catadores de materiais recicláveis da CATANORTE ao longo dos três meses. Sexta-feira dia 7 de maio foram entregues as primerias 35 cestas.
Segundo a professora Solange Struwka da INCOOP que participa do projeto “foi muito impactante experienciar a insalubridade do espaço de trabalho dos catadores e das catadoras. Ouvimos sobre o processo de separação dos materiais e as histórias de quem os realiza, como da dona Luiza, trabalhadora recém chegada na associação, expulsa do campo por não ter terra e que nos expressou o desejo de ter ‘(...) um pedacinho de chão pra plantar’. Por outro lado, foi revigorante aprender sobre as lutas travadas pelos moradores, que expressam nas palavras, gestos e olhar o quanto cada conquista da comunidade (escola, posto de saúde, transporte) foi conseguida a custo de reivindicação, mobilização e pressão coletiva. Além disso, vivenciar a materialização da solidariedade entre @s trabalhador@s do campo e da cidade, foi fortalecedor. Certamente, essa é a função social mais digna para a terra e o trabalho, oferecer alimentos limpos e de ótima qualidade para nossa gente, trabalhador@s.”
Fonte: Incubadora de Cooperativas Populares da Unir